orgia de vermes
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
playlist #000
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
just like a starfish
"minta até que seja verdade"
domingo, 22 de junho de 2014
Pensamento cotidiano:
- O farol de pedestre não abre, estou num lado da rua querendo chegar ao outro esse é objetivo, mas eu não quero alcança-lo, nas minhas visões vem um carro, eu olho pro carro e esse carro me salva de ir pro outro lado da rua, me salva de ter que subir essa avenida de novo, me salva da insignificância da minha vida, me salva do desprazer de estar aqui.
sexta-feira, 11 de abril de 2014
Transformações
"(...)
Chafurdava em emoções: tinha desejos violentos, pequenas gulas, urgências perigosas, enternecimentos melados, ódios virulentos, tesões insaciáveis. Ouvia canções lamentosas, bebia para despertar fantasmas distraídos, relia ou escrevia cartas apaixonadas, transbordantes de rosas e abismos. "
MORANGOS MOFADOS - Caio
Fernando Abreu
segunda-feira, 7 de abril de 2014
Enxaqueca
Ao som de brooke candy termino o meu drink, e ouço as vozes vindo do outro lado da porta, fecho o sandman, respiro fundo e abro a porta para minha querida dor de cabeça, pois sei que quando eles chegam ela vem junto, aquele pequeno apito de cachorro que só é perceptível em meus ouvidos e que vai ficando cada vez mais alto e vai construindo um mundo só dele, as coisas vão ficando distantes e fora de foco, tudo longe, num segundo plano, que você só sabe da existência por causa de toda a dor proporcionada por essa barreira invisível, você só sente, e eles não calam a boca.
falam,
falam e
falam.
Nada importante, nada util, nada que preste, nada que me faça querer estar com eles, nada que me mantenha viva.
Um monte de nada e aquele zumbido que só eu posso escutar. Maldito apito para cães.
domingo, 6 de abril de 2014
Os sobreviventes
"(...)
Me passa a vodka, o quê? E eu lá tenho grana para comprar wyborowas? Não tenho nada contra lésbicas, não tenho nada contra decadentes em geral, não tenho nada contra qualquer coisa que soe a: uma tentativa. Peço um cigarro e ela me atira o maço na cara, como quem joga um tijolo, ando angustiada demais, meu amigo, palavrinha antiga essa, angústia, duas décadas de convívio cotidiano, mas ando, ando, tenho uma coisa apertada aqui no meu peito, um sufoco, uma sede, um peso, não me venha com essas histórias de atraiçoamos-todos-os-nossos-ideais, nunca tive porra de ideal nenhum, só queria era salvar a minha, veja só que coisa mais individualista elitista, capitalista, só queria ser feliz, burra, gorda, alienada e completamente feliz, cara."
MORANGOS MOFADOS - Caio Fernando Abreu
segunda-feira, 24 de março de 2014
Não.
Um ano, nem mais nem menos, foi quando as vontades foram realizadas, para o meu infortúnio eram duas realidades se estapiando por atenção, uma escolha forçada e errada foi e é a que vive me assombrando e hoje ela volta, o meu sexto sentido apita a cada minuto na sua presença, dessa vez eu não vou me perder e irei mais uma vez conseguir dizer não. Olhar nos seus olhos e dizer não.
Olhar nos seus olhos e dizer não, lembro da unica vez que consegui fazer isso e fechei os meus olhos.