segunda-feira, 13 de outubro de 2014

playlist #000

            Se tem algo que me ajuda a continuar vivendo de boas esse algo é a musica, desde uma canção mais triste há um power violence, pois sem elas eu não sei se teria forças pra continuar minha luta do dia a dia, elas foram ficando cada vez mais presentes e importantes conforme fui percebendo e lidando com os meus problemas diários e como um deles, que infelizmente é o pior e sempre presente, é o machismo, claro eu não sabia oque era feminismo antes de Bikini Kill e foi depois delas que tudo mudou, pois conheci oque estava precisando:
- punk rock;
- som de garotas para garotas.

            Foi isso, depois dessas duas coisas não tem volta, sem elas eu não seria 1/3 do que sou hoje, elas me dão forças para lutar e continuar em frente. Então resolvi fazer essa playlist só de bikini kill:


Suck My Left One


Liar


I Like Fucking


Don't Need You


Alien She


Star Fish


This Is Not A Test 


Resist Psychic Death

Rebel Girl






     Essas são só algumas musicas delas, deem play nos álbuns, vale a pena.   






quarta-feira, 8 de outubro de 2014

just like a starfish


"minta até que seja verdade"
"finja ser até se tornar" 


          Sempre ouvi e li essas coisas de pessoas próximas a mim que sempre tem muitas coisas pra falar e conforme fui conhecendo mais essas pessoas fui percebendo que não era importante oque eles diziam, ou melhor, não era verdadeiro, era sempre coisas que foram decoradas para parecer com outro alguém ou grupo, do qual com um pouco de jogo de cintura a pessoa consegue prolongar um tempo a sua "farsa", mas logo todos percebem isso e se afastam. 
          Teve uma época em que estava meio assim, legal se não posso ser vou fingir ser, mas descobri que não tenho saco pra manter algo desse tipo, sabe não sou a estrela que brilha mais forte, então logo desencanei, e como ainda gostava das coisas fui conhecendo mais e mais até que, sem perceber, aprendi como qualquer outra pessoa realmente interessada no assunto e já tinha como influencia e manias como se fosse parte daquilo, porem só percebi quando fui me aprofundando e acabei vendo que não queria ser mais aquilo, não que tenha enjoado ou coisa assim, eu só descobri que praticamente todos que eram na verdade não eram, tinha tanta falsidade em um meio que se dizia revolucionário, sem preconceitos. Isso me deixou bem desorientada, mas acho que isso faz parte de se sentir parte de algo, só espero ter forças pra continuar com as coisas boas que aprendi e não deixar de seguir o caminho. Êra. 

domingo, 22 de junho de 2014

Pensamento cotidiano:


           Uma avenida movimentada da qual tenho que subir e descer todos os dias, caminho da minha obrigação mais desgastante, de alegrias e de raivas, nela há uma escola, na frente da escola há uma faixa pra pedestre, e é nela que eu sempre fantasio:
- O farol de pedestre não abre, estou num lado da rua querendo chegar ao outro esse é objetivo, mas eu não quero alcança-lo, nas minhas visões vem um carro, eu olho pro carro e esse carro me salva de ir pro outro lado da rua, me salva de ter que subir essa avenida de novo, me salva da insignificância da minha vida, me salva do desprazer de estar aqui.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Transformações

"(...)
Chafurdava em emoções: tinha desejos violentos, pequenas gulas, urgências perigosas, enternecimentos melados, ódios virulentos, tesões insaciáveis. Ouvia canções lamentosas, bebia para despertar  fantasmas distraídos, relia ou escrevia cartas apaixonadas, transbordantes de rosas e abismos. "

MORANGOS MOFADOS - Caio
Fernando Abreu

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Enxaqueca

Ao som de brooke candy termino o meu drink, e ouço as vozes vindo do outro lado da porta, fecho o sandman, respiro fundo e abro a porta para minha querida dor de cabeça, pois sei que quando eles chegam ela vem junto, aquele pequeno apito de cachorro que só é perceptível em meus ouvidos e que vai ficando cada vez mais alto e vai construindo um mundo só dele, as coisas vão ficando distantes e fora de foco, tudo longe, num segundo plano, que você só sabe da existência por causa de toda a dor proporcionada por essa barreira invisível, você só sente, e eles não calam a boca.
falam,
falam e
falam.
Nada importante, nada util, nada que preste, nada que me faça querer estar com eles, nada que me mantenha viva.
Um monte de nada e aquele zumbido que só eu posso escutar. Maldito apito para cães.

domingo, 6 de abril de 2014

Os sobreviventes

"(...)
Me passa a vodka, o quê? E eu lá tenho grana para comprar wyborowas? Não tenho nada contra lésbicas, não tenho nada contra decadentes em geral,  não tenho nada contra qualquer coisa que soe a: uma tentativa. Peço um cigarro e ela me atira o maço na cara, como quem joga um tijolo, ando angustiada demais, meu amigo,  palavrinha antiga essa, angústia, duas décadas de convívio cotidiano, mas ando, ando, tenho uma coisa apertada aqui no meu peito, um sufoco, uma sede, um peso, não me venha com essas histórias de atraiçoamos-todos-os-nossos-ideais, nunca tive porra de ideal nenhum, só queria era salvar a minha, veja só que coisa mais individualista elitista, capitalista, só queria ser feliz, burra, gorda, alienada e completamente feliz, cara."

MORANGOS MOFADOS - Caio Fernando Abreu

segunda-feira, 24 de março de 2014

Não.

Um ano, nem mais nem menos, foi quando as vontades foram realizadas, para o meu infortúnio eram duas realidades se estapiando por atenção, uma escolha forçada e errada foi e é a que vive me assombrando e hoje ela volta, o meu sexto sentido apita a cada minuto na sua presença, dessa vez eu não vou me perder e irei mais uma vez conseguir dizer não. Olhar nos seus olhos e dizer não.

Olhar nos seus olhos e dizer não, lembro da unica vez que consegui fazer isso e fechei os meus olhos.